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Saúde Precária e uma Sociedade Estúpida

Por Margarete Buchabqui

Uma sociedade que passa três séculos a conviver dia e noite com gente algemada, chicoteada, famílias dizimadas e todos os tipos de abusos que se possa imaginar foi também ensinada a naturalizar isso. No Brasil, a barbárie foi incorporada no cotidiano. E a sociedade foi condicionada a passar e simplesmente não olhar. E, se olhar, não perceber. E, se perceber, aceitar que não adianta se rebelar. “Um sem-teto? Um faminto? Uma criança negra assassinada pela polícia na porta de casa?” – diz a voz opressora que permeia as relações sociais. A sociedade que surgiu da escravidão criou uma divisão estanque entre dois tipos de gente: os humanos e os não humanos. Quem merece ser tratado como gente, como cidadão, e quem não merece. Os cidadãos e os subcidadãos. A casa-grande e a senzala.

Por outro lado, a saúde pública no Brasil tem se revelado um verdadeiro martírio para sua gente. Insuficiência de profissionais, infraestrutura precária e superlotação são algumas das mazelas de um sistema fragilizado pela corrupção e pelo descaso de muitos governantes.
O Brasil é um dos países que menos investe em saúde: menos de 490 dólares por habitante em 2012. Apenas como comparativo, o Canadá e a Inglaterra investem, respectivamente, mais de 4 mil dólares e mais de 3 mil dólares por habitante no ano. Entre os países da América do Sul, a Argentina investe quase 700 dólares por pessoa e o Chile, quase 550. Uma vergonha para nós.

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Fonte: Carta Capita

Margarete Buchabqui é jornalista e advogada, reside em Itajaí. Contato: [email protected]

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