- Publicidade -
- Publicidade -
26 C
Balneário Camboriú
- Publicidade -

Leia também

- Publicidade -

19 milhões de brasileiros passaram fome em 2020: em Balneário, campanhas seguem, mas precisam de apoio

Por que não transformar locais de vacinação em postos de arrecadação de alimentos?

A fome voltou a ser discutida no Brasil nesta semana, após divulgação do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), que indicou que, nos últimos meses de 2020, 19 milhões de brasileiros passaram fome e mais da metade dos domicílios no país enfrentou algum grau de insegurança alimentar. 

Em Balneário Camboriú, no início da pandemia, aconteceu uma ampla rede de apoio de doações de alimentos, materiais de higiene e limpeza etc., mas as campanhas perderam força e neste momento crítico, a comunidade precisa voltar a ajudar.

Em 2020, a Secretaria da Inclusão Social entregou 9688 cestas, 1666 cartões sociais e 5347 kits proteicos. Nos três primeiros meses deste ano, foram entregues mais de 984 cestas e 544 kits proteicos com alimentos que melhoram a imunidade, como lentilha, aveia, leite com vitamina, atum e ovos.

- Publicidade -

Grupo Solidariedade e Amor: pedidos de ajuda não páram

Pedidos não param, faltam doações (Divulgação)

Juliana Ferreira de Deus, integrante do Solidariedade e Amor, explica que nunca pararam de receber pedidos de ajuda – eles atuam de forma voluntária colaborando com famílias de Balneário Camboriú e região. 

No início da pandemia o grupo entregou mais de mil cestas básicas. Nesta Páscoa, eles fizeram uma campanha de arrecadação de alimentos, pedindo comida e não chocolate. “Aumentaram muito, muito os pedidos de ajuda por cesta básica, por leite. Continuamos pedindo por apoio da comunidade, fazemos bazares e é com esse dinheiro que compramos mais cestas para auxiliar quem precisa”, afirma.

Juliana disse que a situação chegou no ponto de precisarem priorizar famílias com crianças ou idosos, porque não estão recebendo donativos suficientes para ajudar todos que pedem. “Estamos tendo que escolher, porque não estamos vencendo a demanda. São 20 pedidos de ajuda/dia que recebemos via Instagram e temos que analisar porque não estamos conseguindo ajudar a todos.

Se você quer apoiar o Grupo, pode levar suas doações no Hotel do Bosque, que fica no começo da Avenida Brasil, nº 22. 

Mais informações via Instagram @solidariedadeeamor.

SUAS quer fazer cartão-alimentação para quem precisa de ajuda

Patrícia da Costa Oliveira é gestora do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em Balneário e presidente do Conselho Municipal de Assistência Social da cidade, ela conta que continuam ofertando os serviços básicos de apoio à alimentação para as famílias que precisam, por meio do benefício eventual de acesso à cesta básica. 

“Em Balneário continuamos recebendo doações de pessoas físicas e de algumas empresas também para esses pedidos de ajuda”, diz.

- Publicidade -

Segundo a gestora, está em processo de regulamentação de legislação para que o benefício eventual seja utilizado via cartão magnético, com recurso disponibilizado mensalmente para que as famílias tenham mais autonomia e dignidade, comprando conforme necessidade. 

“Esse processo está em andamento, esperamos que até começo de junho já estejamos operando dessa forma. Também já aprovamos e estamos encaminhando os trâmites para contratação de empresa para fornecer cartão-maternidade para as crianças recém-nascidas terem uma garantia mínima de condições nutricionais e de dignidade básica. Esse cartão será operacionalizado também via SUAS, foi um projeto vinculado através do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente”, explica. Esse cartão oferecerá uma parcela de R$ 250 e seis parcelas de R$ 100 durante o período de aleitamento materno [os primeiros seis meses, segundo a OMS].

Programa municipal com assessoria da OMS

Patrícia lembra também do programa que Balneário possui, criado com assessoria da OMS através da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) – o Bem Estar da Família, que ofertou e operacionalizou as demandas das famílias para os serviços públicos, unindo todas as secretarias municipais, Saúde, Educação, Cultura, Articulação, Segurança, Habitação, etc. 

“Dentro do Bem Estar da Família existe o Criança Feliz, que foi implementado em Balneário em 2020, que oferta atividades e promove o vínculo entre o cuidador e a criança de 0 a 6 anos. Essa responsabilização da família é promovido através de visitas familiares, que estão suspensas por conta da pandemia, mas mesmo assim conseguimos manter contato com essas famílias de forma online, e quando há necessidade fazemos visitas presenciais”, acrescenta.

Maratona da Solidariedade

Balneário também aderiu a campanha da NDTV e nos mercados da cidade há carrinhos onde o público poderá depositar alimentos e materiais de higiene e limpeza, que serão encaminhados à Secretaria de Inclusão Social e distribuídos para famílias que precisam desse apoio.

Rotary quer profissionalizar doações

Banco de Alimentos fez arrecadações em vários pontos da cidade, como no camelô (Divulgação)

A presidente do Rotary Club de Balneário Camboriú, Luciene Vieira, diz que o Clube está preocupado com o aumento da desigualdade e que por isso estão querendo reforçar as doações do Banco de Alimentos, criado em 2020 unindo as entidades de classe da cidade, como Rotary e Lions. 

“Estamos pensando no que vamos fazer, mas muitos mercados já não estão aceitando parceria, porque estão fazendo doações para outras campanhas. Estamos tentando deixar tudo na Secretaria de Inclusão Social, porque lá eles têm cadastros de famílias, fazem esse trabalho completo”, diz.

Porém, há a preocupação com a distribuição das cestas básicas, já que houve denúncia inclusive de cestas que apodreceram por não terem sido entregues [o vereador Marcelo Achutti denunciou a situação]. 

“Mas estamos mobilizados, sim. Não estamos tendo a mesma adesão do ano passado e isso precisa se intensificar novamente. Queremos nos profissionalizar e fazer um trabalho de assistencialismo correto, buscando também formas de ajudar essas pessoas a retornarem ao mercado de trabalho, esse é o nosso desejo”, pontua.

Lions também está preocupado

Divulgação

O advogado Valdir de Andrade é diretor de Marketing do Lions BC Centro e confirmou que em 2020 o Banco de Alimentos dos Clubes de Serviço tinha uma arrecadação maior e que isso diminuiu. 

“O que é preocupante, porque em minha percepção a situação voltou a se agravar e muitas famílias estão precisando de ajuda”, comenta. 

Ele cita uma campanha que foi sugerida pela Asaprev (Associação dos Aposentados e Pensionistas de Balneário Camboriú) para apoiar idosos – quando quem for se vacinar pode levar 1kg de alimento não perecível para ajudar quem precisa. 

“Eu acredito que a fome está batendo a porta e agora com cada vez mais intensidade, porque a crise está bem maior, com o Auxílio Emergencial bem reduzido e o turismo em nossa cidade muito parado”, afirma.

Vereador Mito sugere Campanha Solidária em Camboriú

O vereador Amilton Bianchet, o Mito (MDB) protocolou indicação ao Poder Executivo, para que o município de Camboriú adote a campanha ‘Vacina Solidária’.

O objetivo é que os moradores da cidade, de forma voluntária, no momento em que forem se vacinar levem um alimento não perecível, ou algum agasalho.

A iniciativa é um convite a empatia, principalmente em um momento em que tantas famílias estão sendo impactadas pela pandemia.

“A partir de agora, quem for se vacinar e quiser ajudar, pode levar um ou mais quilos de alimento não perecíveis, ou agasalhos, ou até mesmo produtos de higiene ou limpeza. Qualquer doação será muito bem vinda”, comentou.

Vale salientar que não é uma obrigação, e sim, um ato espontâneo.

“A doação é um gesto muito nobre, e necessário nesse momento, e como nossa população tem um bom coração, acredito que essas doações, vão gerar muitos frutos durante nossa campanha de vacinação”, finalizou Mito.

Todos os itens arrecadados serão encaminhados para a Secretaria de Assistência Social, para serem distribuídos à população em situação de vulnerabilidade social.

Reprodução

A vacina e a fome: por que não arrecadar doações e distribuir nos postos de vacinação?

O dentista aposentado Hélvion Ribeiro, de Balneário Camboriú, manifestou sua preocupação com o cenário da fome que se instalou no país e reproduziu em coluna publicada no espaço Opinião deste jornal, o apelo do médico Luiz Antonio Negrão Dias, de Curitiba, conceituado oncologista e defensor de causas humanitárias como Rede Feminina de Combate ao Câncer e outras, pedindo ajuda para a grave situação deste momento. Ele pede que os amigos peçam ajuda nas redes sociais para seus contatos, formando assim uma rede de apoio. Ele pede que prefeitos, secretários de Saúde ou Assistência Social convoquem entidades que trabalham pela caridade, como igrejas, ONGs e outras entidades para arrecadar doações e distribuir nos postos de vacinação.

Leia a Coluna aqui: 383° da Quarentena: a Vacina e a Fome, por Hélvion Ribeiro

- Publicidade -
- publicidade -
- publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -