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Balneário Camboriú
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Balneário tem 170 moradores de rua, prefeitura reforça importância de não dar esmola

Leitores vem questionando o jornal sobre a quantidade de moradores de rua em Balneário Camboriú, principalmente o número de jovens entre eles. A Abordagem Social, departamento da Secretaria de Inclusão Social que atua na abordagem e acolhimento dos andarilhos, confirmou que existem hoje na cidade pelo menos 170 moradores de rua, e que a comunidade incentiva a permanência deles com a doação de esmolas, cobertores e comida, além do dinheiro nos semáforos.

No verão casos aumentam

O coordenador da Casa de Passagem (espécie de albergue que recebe os andarilhos), José Luiz Corrêa, explica que entre os meses de outubro a dezembro o número de moradores de rua em Balneário Camboriú aumenta, principalmente porque esta seria a época onde muitos deixam as comunidades terapêuticas/clínicas de reabilitação.

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“Além de que algumas cidades estão mandando moradores para Balneário, eles já chegam aqui sabendo que vão receber ajuda e ganhar passagens rodoviárias, por exemplo. Tem acontecido bastante, somente nesta semana, em dois dias, atendemos seis casos do tipo”, conta.
170 moradores de rua, a maioria são jovens

Hoje a cidade possui, em média, 170 moradores de rua, mas diariamente chegam novas pessoas e outras vão embora, segundo Corrêa. Fixos já conhecidos da equipe da Abordagem Social são cerca de 60.

“Nesses meses mais quentes muita gente sai das comunidades terapêuticas e aí eles vêm para Balneário. E a maioria realmente são jovens, entre 25 e 40 anos. Neste ano, por conta do Covid, tivemos inclusive menos procura, mas no verão, com o calor e a praia, aumenta a procura pela nossa cidade”, diz, citando que a Casa de Passagem, onde o limite é entre 30 e 35 pessoas, está lotada. Mesmo assim, as equipes oferecem banho e alimentação para os andarilhos.

“Quanto mais ajuda, mais vão permanecer na rua”

A prefeitura já fez campanhas pedindo que a população não dê esmolas, porque elas estimulam a pessoa a ficar na rua. “Quanto mais ajuda recebem, mais vão permanecer na rua. Se a comunidade ajuda com cobertor, marmita ou dinheiro, por que eles vão querer sair da rua? Não vão. Restaurantes também dão comida. Por isso pedimos: não dê esmola, dê oportunidade. A Abordagem está nas ruas exatamente para ajudar eles da forma correta”, destaca.

Ganham dinheiro no centro e compram drogas nos bairros

Segundo o diretor, 95% dos andarilhos que vivem em Balneário, são usuários de drogas (principalmente crack e cocaína) e/ou álcool.

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“Eles ganham o dinheiro no centro, e caminham para o Bairro dos Municípios onde adquirem e usam a droga, nas Marginais próximas da BR, nos gramados que existem ali. É o trajeto que eles fazem”, pontua. Ou seja, os mendigos circulam por toda a cidade, porém, de fato a maior circulação é na área central, onde eles conseguem dormir, comer e ganhar dinheiro.

“Não podemos levá-los forçadamente, há o direito de ir, vir e permanecer. A comunidade cobra algo que não está nas nossas mãos, e ainda assim ajudam dando dinheiro e esmola, alimentando o vício deles [dos andarilhos]. Tem gente que ganha R$ 200 por dia, e 99% deles vão gastar no crack e no álcool”, afirma.

Abordagem Social atua 24h

O coordenador chama a atenção para o fato de que Balneário é referência na Abordagem Social, que atua 24h todos os dias – incluindo domingos e feriados, com equipes nas ruas com duas viaturas (duas vans), além de duas motocicletas que podem apoiar as ocorrências.
“Fazemos rondas o tempo todo e cerca de 50 abordagens por dia, desses 50, 30% são pessoas que estão sendo acolhidas pela primeira vez, e 10% aceitam ajuda de passagem rodoviária ou internação em comunidade terapêutica”, comenta.

Se você viu alguém em situação de rua ou sabe de alguma pessoa que precisa de ajuda, ligue para a Abordagem Social – 156. O departamento oferece comida, banho e acolhimento, além de passagem rodoviária e vagas em clínicas de reabilitação – há 70 ao todo, sendo que 50 são utilizadas atualmente.

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