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Única esperança

Essa ambiguidade, abre e fecha a rua, sentida pelo povo, pode lhe custar a vida.

Raul Tartarotti*

De acordo com o filósofo José Ortega y Gasset, a realidade está em nossa vivência histórica, e viver é interior, é um processo de dentro para fora, em que invadimos o contorno com atos, obras, costumes ou maneiras de agir.

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Ele foi o autor da importante frase, “eu sou eu e minha circunstância”, e para bem viver não se trata de termos uma consciência intencional, mas sim a maneira como lidamos com a circunstância da qual nos envolvemos.

Nos mês de julho fiquei sabendo de uma festa com premiação. Um pouco longe da minha casa, mas resolvi ler melhor o convite, já que o “vencedor”, de uma disputa a ser avaliada durante o evento, receberia um valor em dinheiro, no final da noitada. Os organizadores foram os estudantes universitários do Alabama, nos Estados Unidos. De acordo com a emissora NBC, jovens infectados, com o corona vírus, participaram da festa com outros, em tese, saudáveis. O primeiro diagnosticado com Covid-19, depois da festa, ficou com o valor arrecadado.

Que mente venenosa organizou aquele evento?

De volta ao Brasil, desembarco meu texto no Rio de Janeiro, a cidade que é maravilhosa, e à frente do tempo, de todas outras no Brasil. Os jovens de lá, também inovaram, se reunindo em grandes baladas eletrônicas, e nas praias, em busca da segunda onda. Mas isso tudo sem máscara, porque ainda não é carnaval, se estivéssemos em fevereiro, justificaria o uso delas.

Em São Paulo, no concreto da vida nervosa, os jovens também não perderam tempo, em relação ao ajuntamento viral. Durante a noite, se aglomeram as pencas de gente, com garrafas long neck em uma mão, e na outra um cigarro. A chatice de não poder sair com a galera, está cansando seus nervos, por isso, necessitam exercer seu papel, de rebelde sem máscara. Liberaram todos os movimentos, debruçados á curtir a vida sem limites, como foi a existência de Dieguito Maradona.

A vacina em desenvolvimento exponencial, parece estar criando uma expectativa ao mundo, de poder enfrentar a calçada, nesse instante. Porém, os jovens, lideram o aumento de casos do novo corona vírus, em todo o mundo, com o percentual de pessoas infectadas, crescendo três vezes mais, entre os 15 e 24 anos, conforme a OMS.

As eleições da pandemia, tiveram como vetor, um vírus contagioso, que transformou as campanhas, trazendo mais dúvidas em relação às chances de vitórias, de alguns candidatos. Mas esse tema, também foi utilizado como mote, para aqueles que defendem abertura total, e essa ambiguidade, abre e fecha a rua, sentida pelo povo, pode lhe custar a vida.

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No cinema, também somos cercados de reflexão sobre nossa permanência, vivos.

O filme “O inferno”, com o galã Tom Hanks, mostra que a humanidade, é seu próprio câncer. Um vírus fatal, que quase matou milhões de pessoas, teve objetivo de iniciar uma nova raça humana. Já pensou que você pode ser a única esperança da humanidade? Mas desde que ajude seu próximo a se proteger. E se esse gesto se multiplicar por muitos, poderemos chegar vivos no final. Se fizermos isso agora, estaremos dividindo a responsabilidade de nossa existência, com os cientistas, médicos e enfermeiros.

*Raul Taratarotti é escritor e engenheiro biomédico.

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